ATA DA CENTÉSIMA SEGUNDA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM
14-11-2007.
Aos quatorze dias do mês de novembro do ano de dois
mil e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Carlos Todeschini, Clênia Maranhão, Dr. Raul,
Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Luiz Braz, Maria
Celeste, Neuza Canabarro, Nilo Santos e Sofia Cavedon. Constatada a existência de
quórum, a Senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a
Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Margarete Moraes, Maria
Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Nereu D'Avila, Professor Garcia,
Sebastião Melo e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa
Diretora, os Projetos de Resolução nos 082 e 083/07 (Processos nos
8564 e 8707/07, respectivamente); pelo Vereador Alceu Brasinha, os Pedidos de
Providência nos 5048 e 5049/07; pelo Vereador Aldacir Oliboni, os
Pedidos de Providência nos 5046, 5047, 5060 e 5061/07; pelo Vereador
Bernardino Vendruscolo, os Pedidos de Providência nos 5050 a
5059/07; pelo Vereador Carlos Todeschini, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 024/07 (Processo nº 7923/07); pelo Vereador Dr. Goulart, os
Projetos de Lei do Legislativo nos 261/06 e 249/07 (Processos nos
5730/06 e 7967/07, respectivamente); pelo Vereador Dr. Raul, o Projeto de Lei
do Legislativo nº 250/07 (Processo nº 8000/07); pelo Vereador Guilherme
Barbosa, o Pedido de Informação nº 195/07 (Processo nº 8807/07); pela Vereadora
Margarete Moraes, o Pedido de Informação nº 194/07 (Processo nº 8805/07); pela
Vereadora Maria Celeste, os Pedidos de Providência nos 4977 a 4991 e
5000/07; pela Vereadora Maria Luiza, os Projetos de Lei do Legislativo nos
268, 280 e 281/07 (Processos nos 8048, 8311 e 8312/07,
respectivamente) e os Pedidos de Providência nos 4992 a 4999 e 5001
a 5045/07; pela Vereadora Sofia Cavedon, os Pedidos de Providência nos
5062 e 5063/07. Também, foi apregoado o Ofício nº 1490/07, do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 031/07
(Processo nº 8825/07). Na ocasião, foram apregoados os Memorandos nos
435 e 438/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da Câmara
Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as
Representações Externas, respectivamente: do Vereador Adeli Sell, hoje, em
reunião-almoço da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande
do Sul – FEDERASUL –, às doze horas e quinze minutos, na sede dessa entidade,
em Porto Alegre; do Vereador Elói Guimarães, ontem, no almoço em homenagem ao
Lojista do Ano 2007, às doze horas, no Salão de Convenções da Federação das
Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS –, em Porto Alegre. Do
EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 1892, 2220, 2231, 2232, 2365,
2503, 2505, 2590, 3117, 3134 e 3152/07, do Fundo Nacional de Saúde do
Ministério da Saúde. Após, a Senhora Presidenta concedeu a palavra, em TRIBUNA
POPULAR, ao Senhor Leonardo Omar Ormeno Neira, Gerente-Executivo da Federação
das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul – FCDL-RS –, que
discorreu sobre a criação do Comitê Estadual de Combate a Produtos
Falsificados, afirmando que esse Comitê atuará conjuntamente com os Poderes
Legislativos e Executivos Municipais e Estadual, na busca de soluções que
permitam uma efetiva fiscalização da origem e qualidade dos produtos
comercializados no Estado. Nesse sentido, apresentou dados estatísticos e
analisou conseqüências negativas da venda de produtos falsificados no País,
atentando para a importância da conscientização quanto aos prejuízos econômicos
e sociais resultantes desse comércio. Ainda, nos termos do artigo 206 do Regimento,
os Vereadores João Antonio Dib, Claudio Sebenelo, Adeli Sell, Clênia Maranhão e
Dr. Raul manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular.
Na ocasião, os trabalhos estiveram suspensos das quatorze horas e quarenta minutos
às quatorze horas e quarenta e um minutos, das quatorze horas e quarenta e nove
minutos às quatorze horas e cinqüenta e dois minutos, nos termos regimentais. Às quatorze horas e
cinqüenta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos para a
realização de reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo retomados às
quinze horas e trinta e três minutos, constatada a existência de quórum. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
206, 239, 141/07, este discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Adeli
Sell, 237/07, discutido pelo Vereador João Antonio Dib e pela Vereadora Clênia
Maranhão, 258, 259 e 261/07, discutidos pelos Vereadores Guilherme Barbosa e
João Antonio Dib; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
188, 242/07, este discutido pelo Vereador Guilherme Barbosa e pela Vereadora
Sofia Cavedon, 264, 267 e 272/07, discutidos pelos Vereadores Guilherme Barbosa
e João Antonio Dib; em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos
256 e 260/07, discutidos pelo Vereador João Antonio Dib, o Projeto de Resolução
nº 079/07. Na oportunidade, a Senhora Presidenta prestou informações acerca dos
trabalhos da presente Sessão, solicitando dos presentes o silêncio necessário
para que fosse garantido o uso da palavra aos oradores que se manifestaram no
período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Margarete Moraes
solidarizou-se com o Vereador Adeli Sell, repudiando ameaças sofridas por esse
Parlamentar, após denúncias efetuadas de irregularidades na gestão, pela
Secretaria Municipal da Juventude, do Programa Nacional de Inclusão de Jovens:
Educação, Qualificação e Ação Comunitária – ProJovem. Ainda, solicitou a
abertura de sindicância para que essas denúncias sejam averiguadas e informou
que a Bancada do PT proporá Comissão Especial sobre o assunto. Às dezesseis
horas e dez minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo
retomados às dezesseis horas e onze minutos, constatada a existência de quórum.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, O Vereador Alceu Brasinha discorreu acerca das
dificuldades enfrentadas pelos pequenos e micros comerciantes do ramo de bares
e restaurantes, citando Projeto de Lei de sua autoria, que prorroga o horário
de funcionamento desses estabelecimentos. Ainda, comentou Projeto de Lei em
tramitação nesta Casa, que disciplina a localização de caçambas estacionadas em
vias públicas. Após, o Vereador Dr. Goulart informou ter sido rejeitado, pela
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, o Projeto de Lei nº
389/07, que modifica legislação referente ao Imposto sobre Operações Relativas
à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS –, tendo se manifestado a respeito a
Vereadora Maristela Maffei. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Claudio Sebenelo afirmou que
funcionários do Grupo Hospitalar Conceição – GHC – eleitos por colegas para
ocupar chefias não foram nomeados pela Direção do Hospital em função de terem
ações trabalhistas contra essa instituição. Também, asseverou que essa decisão
fere o direito constitucional dos trabalhadores brasileiros de acesso à Justiça
e cobrou da Senhora Jussara Cony, Superintendente do GHC, esclarecimentos
acerca do tema. O Vereador José Ismael Heinen discorreu sobre a rejeição, pela
Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, de proposição do
Executivo Estadual de aumento de impostos, elogiando a atuação de integrantes
do Democratas e de entidades não-governamentais nesse processo. Ainda, rechaçou
a idéia de prorrogação, pelo Congresso Nacional, da vigência da Contribuição
Provisória Sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e
Direitos de Natureza Financeira – CPMF. A Vereadora Maristela Maffei referiu-se
à participação de movimentos populares na Sessão da Assembléia Legislativa do Estado
do Rio Grande do Sul, na qual foi rejeitada proposta de aumento de impostos, e
recordou a ocupação e assentamento da Fazenda Annoni, em mil novecentos e oitenta
e cinco. Além disso, respondendo ao pronunciamento do Vereador Claudio Sebenelo,
em Comunicação de Líder, apoiou medidas administrativas adotadas no Grupo
Hospitalar Conceição. A seguir, a Senhora Presidenta registrou a presença,
neste Plenário, do Senhor Beto Moesch, Secretário Municipal do Meio Ambiente.
Também, o Vereador Claudio Sebenelo solicitou cópia do pronunciamento da Vereadora
Maristela Maffei, em Comunicação de Líder, tendo a Vereadora Maristela Maffei
se manifestado sobre o assunto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Dr. Raul
analisou Projeto de Lei de sua autoria, que cria o Centro de Planejamento
Familiar de Porto Alegre, no sentido de orientar e propiciar atendimento nessa
área às parcelas carentes da população. Ainda, enfatizou os empreendimentos que
estão sendo realizados pelo Governo Municipal, relatando visita às obras do
Conduto Forçado Álvaro Chaves e vistoria nos trabalhos de ampliação da Avenida
Baltazar de Oliveira Garcia. Em continuidade, constatada a existência de
quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado
pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em reunião da Mesa
Diretora com o Colégio de Líderes. Em Discussão Geral e Votação, foram votados
conjuntamente e aprovados os Projetos de Resolução nos 006, 054 e
057/07. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do
Legislativo nº 147/07, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino
Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme
Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Maria Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Neuza Canabarro,
Professor Garcia, Sebastião Melo e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação
Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 173/07, por vinte e
sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maria Luiza, Mario
Fraga, Maristela Maffei, Neuza Canabarro, Professor Garcia, Sebastião Melo,
Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 202/07, por vinte e sete votos SIM, tendo
votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Almerindo
Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Dr.
Goulart, Dr. Raul, Elói Guimarães, Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de
Souza, João Antonio Dib, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria
Celeste, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Neuza Canabarro, Nilo
Santos, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Valdir Caetano. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº
011/07, por vinte e quatro votos SIM, após ser discutido pela Vereadora Sofia
Cavedon e encaminhado à votação pelos Vereadores Clênia Maranhão, Claudio
Sebenelo e Margarete Moraes, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria
Celeste, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir
Oliboni, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Claudio
Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael
Heinen, Luiz Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Nereu
D’Avila, Nilo Santos, Professor Garcia e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e
Votação, foi votado o Projeto de Lei do Legislativo nº 189/04, o qual obteve
nove votos SIM, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maristela Maffei,
tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos
Todeschini, Dr. Goulart e Guilherme Barbosa e as Vereadoras Margarete Moraes,
Maristela Maffei e Sofia Cavedon, votação esta declarada nula pela Senhora
Presidenta, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e vinte e
cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, a Senhora
Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores
para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pelas Vereadoras Maria Celeste e Neuza Canabarro e
secretariados pelos Vereadores Alceu Brasinha e Aldacir Oliboni. Do que eu,
Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que,
após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pela Senhora Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Vamos
apregoar os seguintes Memorandos:
Memorando
nº 438, do Gabinete da Presidência: “Representação. Informamos que o Ver. Elói
Guimarães estará representando esta Câmara Municipal no almoço em homenagem ao
Lojista do Ano 2007, a realizar-se no dia13 de novembro de 2007, às 12:00h, no
Salão de Convenções da FIERGS, Av. Assis Brasil, nº 8.787. Assinado: Verª Maria
Celeste”.
Memorando
nº 435, do Gabinete da Presidência: “Representação. Informamos que o Ver. Adeli
Sell estará representando esta Câmara Municipal na tradicional Reunião-Almoço
da Federasul, a realizar-se no dia 14 de novembro de 2007, às 12h15min, no
Largo Visconde do Cairu, nº 17 - 7º andar, nesta Capital. Assinado: Verª Maria
Celeste, Presidenta”.
Passamos
à
O Sr. Leonardo Omar Ormeno
Neira, Gerente Executivo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio
Grande do Sul - FCDL-RS, está com a palavra, para tratar de assunto relativo ao
Comitê Estadual de Combate a Produtos Falsificados, pelo tempo regimental de 10
minutos.
A pirataria é, sem dúvida nenhuma, um problema
mundial; dados indicam que, durante o ano, são transacionados mais de 500
bilhões de dólares em todo o mundo em produtos falsificados. O impacto disto na
economia de todos os países, principalmente no Município de Porto Alegre, é a
questão do desemprego. Para os senhores terem uma idéia, para cada emprego
informal que é criado, seis empregos formais são perdidos. Há a questão da
queda da arrecadação; há o aumento da criminalidade no Município; temos a
questão das feiras itinerantes. Estamos trabalhando no sentido de formalizar ou
criar legislação suficiente para que atenda e, de certa forma, proteja o nosso
varejo formal, para que possamos, de maneira eficaz e eficiente, combater essa
questão que os senhores têm acompanhado. As feiras itinerantes são instaladas
e, em uma semana, acontecem e acabam, tirando a venda do varejo nas principais
datas. Temos aí o Dia das Mães, o Dia dos Pais, o Natal, o Dia das Crianças -
sempre antes dessas datas, acontecem essas feiras. Então, estamos trabalhando
nesse sentido. Cito aos senhores alguns dos setores ou produtos que mais vêm
sofrendo com a pirataria, com produtos ilegais, e um dos setores é o setor das
videolocadoras. Para os senhores terem uma idéia, recentemente foi formada, com
o nosso apoio, a Associação Gaúcha de Videolocadoras, e, dos membros que
compõem a Diretoria e a Presidência desta Associação, fiquei sabendo, hoje, numa
reunião do núcleo deste comitê, que três deles já não têm mais videolocadoras,
senhores. Em questão de um mês, três pessoas que faziam parte da Diretoria
tiveram que fechar as suas videolocadoras em função do impacto negativo que se
dá pela existência de CDs e DVDs piratas. Há também a questão dos calçados, do
vestuário, de informática, de software, de cigarros, de brinquedos, de
óculos. Enfim, o produto ilegal, o produto pirata, o produto falsificado, além
de gerar impactos negativos na economia do Estado, na economia do seu
Município, sem dúvida nenhuma, gera impactos extremamente danosos à saúde do
consumidor. E isso está passando sem que se perceba. É importante que haja uma
mobilização; nós estamos muito preocupados com isso.
Um dado alarmante para os senhores: neste ano,
espera-se bater um recorde de apreensão de DVDs e CDs piratas em todo o Brasil.
No ano passado, foram recolhidos e apreendidos cerca de sete milhões desses
produtos. Neste ano, já chegamos a oito milhões de CDs e DVDs piratas apreendidos.
Feitas essas colocações, nós, do Comitê, entendemos
e vemos que é necessário ilustrar alguns caminhos, para que esses problemas
possam ser combatidos. Como Federação, entidade estadual, estamos atuando em
todos os Municípios assim como estamos, aqui, hoje, para conscientizar os
legisladores no sentido de que nos apóiem e nos ajudem nesta causa. Entendemos
que é preciso haver uma conscientização da sociedade. Sabemos, hoje, que a
grande parcela dos consumidores de produtos falsificados não faz parte das
classes mais baixas; os consumidores são pessoas de classe média, de classe B e
C. Nas nossas reuniões, nós temos falado muito sobre isso. Há muitos casos em
que o consumidor, o pai de uma família, chega em casa com um DVD pirata e fala:
“Olha, consegui o DVD pirata.” “Comprei o desenho animado que o meu filho
queria assistir.” “Comprei o
filme que agora está passando no cinema, o Tropa de Elite, e eu pude ver
antes!” Então, parece que há uma inversão de valores; ou seja, estou levando
vantagem, porque estou adquirindo um produto falsificado. Paguei mais barato e
estou me dando bem, mas ele não vê que ele está deixando de gerar riqueza para
o seu Município, para o seu Estado, e está fazendo com que o emprego formal
desapareça.
Temos
que fazer ações em conjunto, temos que trabalhar entidades empresariais, os
comerciantes, os Poderes Públicos e a sociedade como um todo; é necessário que
todos estejam engajados nessa luta. Precisamos fazer uma campanha de
esclarecimento sobre os prejuízos provocados à economia e à saúde. É importante
que os senhores saibam, da maneira mais clara possível, dos impactos negativos
no caixa das entidades públicas e, principalmente, dos riscos à saúde que a
pessoa está sujeita quando adquire produtos piratas, como é o caso dos óculos,
como é o caso dos medicamentos. São necessárias ações com inteligência.
Acabei
de fazer um elogio ao Secretário da SMIC, que tem se esforçado muito para
combater essa questão aqui em Porto Alegre. Mas é com inteligência, é com foco,
é sabendo a origem do problema que se pode combatê-la.
E
precisamos, como entidade estadual, mobilizar o Estado todo. Por ser Porto
Alegre a Capital do Rio Grande do Sul, e por ter o Estado essa pujança
econômica, é fundamental que aqui se dê o pontapé inicial. Nós vamos viajar por
todo o Estado. O Comitê está trabalhando para que façamos um trabalho de
conscientização em todo o Rio Grande do Sul. Faremos uma campanha no Natal para
divulgar a legalidade dos produtos. Ou seja, é legal você dar presente legal. É
isso que nós queremos mostrar para a sociedade.
Quero
ressaltar uma ação que haverá nos dias 11, 12, e 13 de dezembro, na Feira da
Educação, promovida pela SMED. Recebemos permissão para colocar um estande lá,
onde faremos a exposição de produtos piratas, conscientizando a sociedade; lá
teremos a criança, o filho pequeno, o pai, a mãe. A estimativa é de que, por
lá, circulem mais de 50 mil pessoas. Serão três dias de conscientização. Temos
que mostrar para a sociedade todo o dano que há com o comércio de produtos
piratas, produtos ilegais.
O
Natal está próximo, e as expectativas para o varejo, segundo dados econômicos
apurados, é que a venda do varejo, neste ano, seja de 7 a 10% superior ao que
foi no ano passado; é um dado extremamente positivo. A economia como
um todo tem-se mostrado estabilizada há alguns anos, e, neste ano, temos
observado grande sucesso em âmbito federal. Sabemos das dificuldades do Estado,
sabemos das dificuldades do Município, mas uma coisa nos preocupa muito: se
dados oficiais apresentam esse crescimento de 6% a 8% no resultado das vendas
das empresas varejistas, preocupa-nos também quanto será o crescimento dessa indústria pirata.
Então, é necessário que continuemos fazendo mais
trabalhos efetivos para combater esse mal que aflige toda a sociedade, toda a
cadeia produtiva - as videolocadoras, o comércio de calçados, o comércio de
vestuário, softwares, medicamentos, cigarros e qualquer produto que os
senhores imaginem.
Quero agradecer a oportunidade de usar a palavra,
Exma Presidenta, Verª Neuza Canabarro, e desejo a todos uma
excelente tarde de trabalho. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada.
Convidamos o Sr. Leonardo Neira a compor a Mesa.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; meu caro Gerente-Executivo da Federação de
Câmara de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, Leonardo Neira, eu quero
saudar a Federação...
(Tumulto nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Todos os
visitantes são bem recebidos nesta Casa, mas nós solicitamos que façam
silêncio, para que se possa dar continuidade aos trabalhos. Vereador João
Antonio Dib, por favor.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu quero saudar a Federação por esta sua
campanha. Tenho absoluta convicção de que a palavra certa é “conscientização”,
conscientização da coletividade, conscientização das autoridades para a
seriedade do problema que nós enfrentamos com a adulteração e falsificação de
produtos que são postos à venda para os porto-alegrenses. Hoje mesmo, o jornal
Zero Hora traz a notícia de que remédio destinado ao tratamento da leucemia
está sendo recolhido por ter sido falsificado. E é freqüente esse problema de
remédios falsificados. Eu acho que, além das autoridades municipais e
estaduais, também as autoridades do Ministério da Saúde devem cuidar mais de
produtos que são colocados à venda. Mas, além dos medicamentos, muitos outros
produtos são falsificados, prejudicando a coletividade porto-alegrense. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
(Tumulto nas galerias.)
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h40min.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro - 14h41min): Estão
reabertos os trabalhos da presente Sessão.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos
termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Sra
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; Dr. Leonardo Neira, eu recomendaria que toda
a Porto Alegre lesse o que está escrito por uma das grandes articulistas desta
Cidade, que é a Dra Lícia Peres. A Dra Lícia Peres
escreve, hoje, no jornal Zero Hora, e eu queria reproduzir pelo menos uma frase
dela, que diz: “A inversão de valores com que nos defrontamos é tamanha, que um
prisioneiro condenado há 27 anos é ovacionado pelos moradores da Vila Areia, e
a polícia é vaiada. Isso requer uma análise aprofundada e urgente sobre as
causas do comportamento dessa comunidade. Mentir, enganar, desviar dinheiro,
dizer uma coisa por outra, sem o menor pudor, tornou-se corriqueiro”.
E, por fim, em sua última frase, ela diz: “E
podemos começar exigindo o direito da verdade, o direito da autenticidade. Nós
queremos comprar coisas autênticas. Nós queremos ter direito e acesso a coisas
bem feitas, competentes, com qualidade, e até admitimos as imitações, mas não
no comércio. Admitimos imitar as coisas boas, mas jamais essa pirataria
furiosa, fruto de uma ideologia que se instalou neste País, e hoje, quando
vivemos a plenitude da ignorância ovacionada e da inversão de valores, isso não
é por acaso. A pirataria se faz não é por acaso. Estamos vivendo numa sociedade
de falsários, e essa falsidade a população vai reprimir, não agüenta mais e,
talvez, essa solução do camelódromo venha a purificar, a depurar essa
barbaridade, que é a falsificação de tudo, inclusive da verdade”.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ADELI SELL: Sra
Presidenta, Verª Neuza Canabarro; meu caro Leonardo, grande parceiro junto ao
pessoal das locadoras de vídeo, que encontro aqui; a nossa Associação; o
Sindióptica e outros que participam do Comitê Estadual de Combate a Produtos
Falsificados, nós queremos empenhar, em nome da nossa Bancada, a nossa
solidariedade pela legalidade, pela luta que se leva para fazer com que todas
as atividades sejam devidamente registradas e que possamos, concomitantemente,
fazer uma grande campanha, também, contra a sonegação, contra empresas
legalizadas oficialmente - que o são só de fachada -, e que fornecem esses
produtos, inclusive, explorando, muitas vezes, o ambulante lá na ponta.
Portanto, nós queremos passar a limpo o Rio Grande do Sul, passar a limpo a
Capital e fazer com que possamos estar livres de todas essas questões, porque
nós temos de acabar com o crime organizado, se não no mundo inteiro, mas vamos
começar por Porto Alegre e o Rio Grande do Sul, fazendo deste Estado uma marca
de glória e de bravuras como diz o nosso Hino. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
(A Verª Maria Celeste reassume a presidência dos trabalhos.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sra
Presidente, eu queria saudar, em nome da minha Bancada, o representante da
Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, o Sr.
Leonardo, que comparece tratando de um tema tão importante como a questão dos
produtos falsificados. A sua intervenção é muito importante na luta pelas
questões da justiça, do respeito àqueles que produzem e pagam os seus impostos.
E, nesta Casa, também, eu acho que é muito importante podermos discutir isso,
quando nós vemos que as fraudes não apenas se estabelecem em nível dos produtos
concretos, objetivos, mas elas também ocorrem do ponto de vista da falsificação
da verdade, bem como no monopólio das informações, na tergiversação e nos
comportamentos inadequados, não baseados na luta pela justiça, pela
transparência, pela garantia dos direitos de defesa, mas em cima, muitas vezes,
infelizmente, dos interesses eleitoreiros, em cima dos interesses
partidarizados, que se colocam acima dos interesses da sociedade. O senhor é
bem-vindo a esta Casa. Obrigada pela sua presença. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Dr.
Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sr. Leonardo Neira, Gerente-Executivo da
Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul, ficamos
muito triste ao ver o estado em que essa pirataria tem deixado a nossa Cidade,
o nosso País. Precisamos de campanhas nacionais, municipais e estaduais para
coibir essa situação realmente escandalosa e absurda em que todos nós acabamos
envolvidos.
Nós
temos situações recentes; a pirataria conseguiu chegar ao leite; quer dizer,
nós não temos nem mais a capacidade de saber se estamos tomando um leite
adequado, sejam as crianças, sejamos nós.
Eu
tive a oportunidade de, no mês passado, estar na Festa Nacional da Música; vi o
grau de insatisfação dos nossos artistas nacionais, dos nossos artistas locais
em função da pirataria na área da música, assim como em todas as outras áreas.
Eu sou médico, e a área da Saúde agora foi citada; temos medicações sendo
vendidas totalmente sem controle da Anvisa; quer dizer, nós estamos na terra de
ninguém.
Então,
eu queria saudar a sua iniciativa e dizer que nós, da Bancada do PMDB, somos
apoiadores, estamos juntos, sempre que possível, nesta luta, onde quer que ela
se coloque, e achamos muito importante que esse movimento tome um cunho
nacional, para que, realmente, as coisas boas voltem a ser valorizadas como
sempre deveriam ter sido no nosso País.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Não
havendo mais nenhuma inscrição de Bancadas, agradeço a presença do Sr. Leonardo
Neira, Gerente-Executivo da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio
Grande do Sul, pela sua manifestação na nossa Tribuna Popular no dia de hoje.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h49min.)
(Tumulto
no Plenário.)
(Manifestações
nas galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste - 14h52min): Estão reabertos os trabalhos.
Convido
a Mesa e Lideranças para uma reunião no Salão Nobre, por gentileza. (Pausa.)
Vereadores membros da Mesa e Lideranças desta Casa, por gentileza, solicito que
façamos a reunião.
Os
senhores e as senhoras que vêm a esta Casa para se manifestar são bem-vindos,
desde que o façam de forma ordeira. Portanto, muita calma; precisamos manter o
ambiente para o trabalho desta tarde.
Solicito
à Mesa e Lideranças reunião no Salão Nobre.
Estão
suspensos os trabalhos.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h53min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste - 15h33min): Estão reabertos os trabalhos.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 4492/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 141/07, de autoria do
Ver. Jocelin Azambuja, que acrescenta parágrafo único ao art. 8º da Lei nº
9.725, de 1º de fevereiro de 2005, alterada pela Lei nº 10.195, de 5 de junho
de 2007, que dispõe sobre o funcionamento e regulamentação dos Centros de
Entretenimento e Inclusão Digital (CEIDs) e dá outras providências, excetuando
do cumprimento da distância mínima dos estabelecimentos de ensino as casas de
jogos de que trata.
PROC.
Nº 6983/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 206/07, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Praça Engenheiro Ruy Medeiros o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Praça 8078, localizado no
bairro Belém Novo. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7479/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 237/07, de autoria do
Ver. José Ismael Heinen, que institui a Semana Cultural das Bandas Marciais, a
ser realizada anualmente, na quarta semana de novembro, que passa a integrar o
Calendário Oficial de Eventos do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
PROC.
Nº 7521/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 239/07, de autoria do
Ver. Aldacir Oliboni, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao Senhor Henrique Sarmento Barata.
PROC.
Nº 8038/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 258/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Ema o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1047 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8039/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 259/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Fragata o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1050 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado,
salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8041/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 261/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Gavião-Tesoura o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 1043 – Loteamento Voluntários da Pátria –,
localizado no bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 6341/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 188/07, de autoria da
Verª Clênia Maranhão, que denomina Rua Hilário Gonçalves Pinha o logradouro
público não-cadastrado, conhecido como Rua 7053 – Loteamento Hípica Boulevard. (Este
projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes pelas quais tramitar
será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8044/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 264/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua João-de-Barro o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4019 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8047/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 267/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Tachã o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 4013 – Vila Orfanotrófio I –, localizado no bairro Santa
Tereza. (Este projeto com parecer favorável das Comissões
Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento
de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8052/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 272/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Mergulhão o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1048 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 7650/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 242/07, de autoria da
Verª Sofia Cavedon, que condiciona os Poderes Municipais à obtenção da prévia
aprovação de seus servidores, ativos e inativos, para a alteração do rol das
instituições financeiras que lhes efetuam o pagamento das remunerações e dos
proventos, e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 7901/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 079/07, de autoria do Ver. Elias Vidal,
que concede o Prêmio de Ciência e Tecnologia Mário Schenberg ao Físico Mario
Norberto Baibich.
PROC.
Nº 8036/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 256/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Canário-da-Terra o logradouro público
cadastrado, conhecido como Rua 4022 – Vila Orfanotrófio I -, localizado no
bairro Santa Tereza. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
PROC.
Nº 8040/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 260/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que denomina Rua Garça-Moura o logradouro público cadastrado,
conhecido como Rua 1045 – Loteamento Voluntários da Pátria –, localizado no
bairro Marcílio Dias. (Este projeto com parecer favorável das
Comissões Permanentes pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo
requerimento de 1/6 dos membros da Câmara.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. A Verª Margarete Moraes está com a palavra para discutir a Pauta.
(Pausa.) Desiste.
O
Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Boa-tarde
a todos; Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras
e demais pessoas que nos acompanham. Quem estava neste plenário e quem
acompanhou pelo Canal 16 viu que hoje nós temos uma tarde muito quente aqui no
nosso plenário, por motivos não diretamente ligados à Câmara, neste momento,
mas que, evidentemente, por ser assunto do Município, repercute na Casa
Legislativa de Porto Alegre. E uma das tarefas importantes dos Parlamentares é
exatamente fazer a fiscalização do respectivo Poder Executivo; portanto, é
natural que problemas na Cidade venham a esta Casa. Neste período de discussão
de Pauta, nós temos vários Projetos que estão sendo apresentados, e muitos
deles são de nome de rua, um trabalho muito forte da Verª Maria Luiza, que tem
dado nome de rua a várias vias da nossa Capital.
E,
neste último período - depois, eu gostaria inclusive de ouvir a Vereadora - eu
gosto de estabelecer um debate; várias propostas de nomes de ruas têm sugerido
nome de aves, uma idéia muito interessante, mas sempre consulto o autor, Verª
Maria Luiza, para saber. Eu acredito que sim, se a comunidade daquela rua é
quem tem tido a iniciativa do pedido, ou se V. Exª tem levado a idéia às
comunidades. Se V. Exa quiser me dar um aparte em relação aos
Projetos, eu ficarei honrado, porque hoje nós temos, por exemplo, de autoria de
V. Exª, oito Projetos.
(Manifestações nas galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Ver.
Guilherme Barbosa, só um minuto. Por gentileza, nós não vamos permitir
instrumentos musicais dentro do plenário. Todos são muito bem-vindos para
acompanhar a Sessão no dia de hoje, mas nós temos um Regimento nesta Casa que
precisa ser cumprido. Nós não permitiremos o barulho.
(Manifestações nas galerias.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Senhoras
e senhores, nós não permitiremos esse tipo de atitude no plenário. Eu solicito
a colaboração de todos os senhores que estão aqui. Nós solicitamos silêncio
neste plenário. Há um orador na tribuna, e esta Presidenta está aqui para
presidir os trabalhos. Temos um Regimento Interno que precisa ser cumprido. São todos muito bem-vindos a esta
Casa, desde que de forma ordenada, com calma, com tranqüilidade, para que
possamos manter os trabalhos desta Casa. Talvez os senhores e as senhoras não
compreendam muito o rito regimental desta Casa, mas há necessidade de que as
manifestações sejam feitas nos momentos adequados. Portanto, estamos em plena
Sessão de trabalho, há um orador na tribuna, e nós não vamos permitir qualquer
descumprimento do Regimento desta Casa. Solicito a compreensão dos senhores e
das senhoras. São todos muito bem-vindos a este plenário democrático, mas temos
que cumprir os nossos trabalhos. Muito obrigada.
Devolvo a palavra ao Ver. Guilherme Barbosa, que está na tribuna discutindo a Pauta.
A
Srª Maria Luiza: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço o aparte, Ver. Guilherme
Barbosa. Quero falar sobre o elevado número de Projetos de minha autoria,
denominando as ruas na nossa Cidade. Em alguns casos, eu tenho conseguido
contato com a comunidade para verificar e consultá-la; em outros, estou tendo
dificuldades. Mas, mesmo assim, vejo de extrema relevância essa proposta do
encaminhamento da denominação das ruas da nossa Cidade, por se tratar de
reivindicação não só dos nossos motoristas de táxis que circulam por toda a
Cidade, mas também dos nossos carteiros, que têm dificuldade, muitas vezes, na
entrega das correspondências. Nesse sentido, nós estamos priorizando também,
dentro dos projetos sociais, as denominações de ruas na Cidade.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Sim.
Eu não tenho muitos projetos; agora, estou fazendo 12 anos aqui na Câmara e
tenho uma dúzia de projetos denominando ruas, que é uma iniciativa importante
como diz V. Exª, pois as pessoas não são localizadas às vezes. No entanto, para
o meu gosto, para a minha iniciativa, sempre tenho sido procurado pelas pessoas
daquela localidade para dar nome a essas vias. De qualquer maneira, se me
permitir, eu sugiro a V. Exª fazer contato, porque poderá vir um nome que a
comunidade não aceite.
Eu
também gostaria de comentar um Projeto da Verª Sofia Cavedon - o tempo já se
esgota -, que pretende estabelecer condições para os Poderes, no caso do
Município, Executivo e Legislativo, para a relação com as entidades
financeiras, no que diz respeito à folha de pagamento.
Eu
queria ainda, se fosse possível, ouvir a Verª Sofia, em aparte, porque esse é
um tema que está em debate neste momento.
A
Srª Sofia Cavedon: Ver.
Guilherme, é de fato, uma iniciativa que vem do anseio dos municipários ao
verem uma decisão ser tomada, agora há pouco, pela Prefeitura de Porto Alegre,
sem nenhuma consulta a qualquer municipário: a de trocar a instituição financeira
onde seus salários são depositados. O Projeto de Lei propõe que haja consulta
aos municipários, e ainda assim, se houver mudanças, que os municipários tenham
a possibilidade de escolher a sua instituição bancária.
O
SR. GUILHERME BARBOSA: Muito
obrigado. Era isso o que eu tinha a dizer.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores,
me surpreende um Projeto, em 1ª Sessão, de um Vereador que assumiu por um dia,
no mês de julho, e continua mandando Projetos, até regulamentando o Centro de
Entretenimento e Inclusão Digital - as lan houses. Ele está excetuando o
cumprimento da distância mínima estabelecida em Lei, que é de 500 metros; ele
está querendo dizer que, se os colégios concordarem, as lan houses podem se estabelecer. A Procuradoria da Casa diz que não
se podem outorgar condições de decisão para quem não é autoridade; portanto,
não pode contrariar a Lei.
Há
uma série de denominações de logradouros por parte da Verª Maria Luiza. Eu
quero cumprimentá-la, porque ela continua denominando logradouros com nomes de
aves: Rua Ema, Rua Fragata - que é uma ave do mar -, Rua Gavião-Tesoura - que é
uma ave dos gaúchos.
Por
outro lado, eu não posso cumprimentar o Executivo, porque as placas
identificadoras dos logradouros não estão nas ruas, conforme o Ano de
Identificação de Logradouros, 2007. Não foram colocadas as placas; por isso, eu
fico muito triste.
Por
outro lado, o Ver. Ismael Heinen quer instituir a Semana Cultural das Bandas
Marciais e incluí-la no Calendário Oficial de Eventos do Município e dá outras
providências. Eu acho que a idéia é excelente. Porto Alegre já teve concursos
de bandas marciais das escolas do Município; era uma coisa bonita que, de
repente, desapareceu. Eu, quando criaram o Complexo Cultural, até imaginei que
fariam lá, uma ou duas vezes por ano, desfiles e concursos de bandas. Claro que
a nossa própria Procuradoria informa que algumas coisas que estão colocadas
para o Executivo não estão de acordo com a Lei Orgânica, mas isso não impede
que alguma coisa seja mudada, e a idéia de as bandas marciais voltarem às ruas
de Porto Alegre é muito boa. Quero cumprimentar, portanto, o Ver. Ismael
Heinen.
Continua em 2ª Sessão uma série de projetos, também
os de denominação de logradouros, da Verª Maria Luiza, com o nome das aves da
nossa fauna, e parece que agora também começa a usar a nossa flora. Essa idéia
de fauna e flora poderia ser usada pelo Executivo para denominar centenas de
ruas que precisam ser denominadas, e muita gente ficaria alegre com muito pouca
coisa. Denominando ruas, teríamos condições de identificar os logradouros com
mais clareza, sendo isso benéfico para o correio e para todas aquelas
atividades que necessitam nome e endereço, e não Rua A, B, C ou D, ou número 1,
2, 3 ou 40. De forma que acho que o Executivo também poderia mandar, em um
mesmo Projeto de Lei, algumas dezenas de ruas com nomes de árvores, frutas ou
plantas. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Verª Maria
Celeste, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores e Vereadoras,
cidadãos, cidadãs, jovens que vêm a esta Câmara Municipal manifestar-se como
deve ser na democracia, e que bom que já enterramos, há bastante tempo, o
autoritarismo. Estamos num momento especial desta tarde, em que se discutem os
Projetos de Lei dos Srs. Vereadores e das Sras. Vereadoras.
Eu
discordo da Procuradoria, Ver. João Antonio Dib, quando diz que o Vereador não
pode modificar a questão de as lan houses serem permitidas a menos de
500 metros de escolas, hospitais, etc. Eu acho que isso é um equívoco, porque
trata-se de uma Lei que já existe; portanto, modificações podem ser feitas,
porque, se o Executivo tivesse mandado matéria fazendo referência aos 500
metros, e o Ver. Haroldo, ou outra pessoa, tivesse entrado com uma Emenda
fazendo referência a 150 metros, passaria a Emenda a ser relativa a 150 metros,
até porque estabelecimento de ensino hoje é muito relativo, não são mais, pura
e simplesmente, as escolas; nós temos educandários dos mais variados tipos,
desde uma escola de línguas que está, às vezes, praticamente ao lado de uma lan
house. O problema não é a lan house estar próxima ou distante de um
estabelecimento, mas, sim, que ela tenha, efetivamente, o controle de como deve
funcionar uma lan house, discussão essa feita na SMIC, na minha época,
e, posteriormente, com os Srs. Vereadores.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli
Sell, textualmente, a Procuradoria diz o seguinte (Lê.): “Contudo, o conteúdo
normativo do Projeto consubstancia delegação de exercício de poder de polícia,
o que, segundo o entendimento doutrinário, é vedado - trata-se de poder
inalienável e indelegável”.
O
SR. ADELI SELL: Está
errada a argumentação, porque, se o Executivo tivesse mandado, como mandou, a
referência de 500 metros, e V. Exa tivesse feito uma emenda,
referindo-se a 150 metros, evidentemente o Executivo, aceitando, teria sido
válido. O Vereador pode modificar leis, sim; inclusive nós temos legislação
aqui que nós estamos revogando. Eu mesmo revoguei uma lei do colega Pedro Ruas,
que, na época, talvez, tenha sido importante; posteriormente, todos os
Vereadores acharam que era importante revogar uma lei, e também era questão de
competência do Executivo. É evidente isso, Ver. Dib.
O
Sr. João Antonio Dib: Ver.
Adeli Sell, eu tenho certeza de que nós poderíamos ter diminuído para 200, 300
ou para 100 metros, mas delegar autoridade para decidir o Município não pode.
Isso é o que eu entendo.
O
SR. ADELI SELL: Bom,
isso é relativo, e já há várias interpretações, porque, aqui, nós já legislamos
sobre artigos tributários, no caso concreto do ISS, e ninguém argüiu
inconstitucionalidade; não há nenhuma ADIn.
O
Sr. Carlos Comassetto: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Adeli Sell,
essa proposta que faz o Azambuja está equivocada, inclusive do ponto de vista
das relações. O que ele propõe aqui? Que as casas de jogos poderão se instalar
a menos de 500 metros, desde que com a anuência dos telecentros ou dos
colégios, das escolas. Bom, vai determinar uma influência direta das jogatinas
sobre as escolas agora?
O
SR. ADELI SELL: No
caso, a redação é equivocada. Nós estamos falando das lan houses, que não-necessariamente... Talvez a
formulação dele tenha sido equivocada. Eu estou discutindo a questão do aspecto
legal que o Ver. Dib levantou, e, por isso, nós estamos discutindo.
Evidentemente, é um equívoco brutal que o morador tenha que dar licença para
você colocar uma banca de revistas na calçada. A calçada não é da edificação da
frente, mas do povo que por ela circula. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sra
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, normalmente, por
conta das minhas atribuições, eu não consigo participar muito do debate das
discussões preliminares de Pauta. Hoje, eu me inscrevi, previamente, porque
quero falar de um Projeto de minha autoria. Mas, antes disso, eu quero falar,
rapidamente, de uma iniciativa do Ver. Ismael Heinen, que apresenta um Projeto
extremamente simples, mas, às vezes, a simplicidade tem um enorme significado
na história das pessoas. O Projeto extremamente simples apresentado pelo
Vereador institui a Semana Cultural das Bandas Marciais no nosso Município. E
eu acho que essa iniciativa do Vereador tem um significado muito interessante,
porque as bandas marciais fizeram parte das escolas, das histórias das escolas.
E algumas escolas do nosso Município ainda preservam as suas bandas, mas elas
são ainda muito pouco divulgadas. Não vemos mais, como víamos no passado, nos
desfiles, fundamentalmente nas pequenas cidades, as bandas marciais com seus
concursos, quando apresentavam seus hinos, demonstravam duas coisas
extremamente interessantes, que, para mim, se expressam numa banda municipal: o
aspecto lúdico daquela manifestação e a enorme disciplina que é exigida dos
seus membros, que é uma questão anterior ao dia da apresentação; exigem que os
jovens valorizem a cultura, se especializem na área da música e procurem,
orquestradamente, integradamente, fazer a sua expressão coletiva.
Acho
que essa discussão nos remete a uma necessidade da modernidade, que é a
necessidade da parceria, que é a necessidade da construção coletiva, porque
vivemos num momento em que se valorizam muito, nesta sociedade, as expressões
individuais.
A
competitividade, a questão midiática, a tentativa de aparecer a qualquer custo,
a disputa exacerbada desta sociedade colocam em segundo plano a questão da
coletividade, a questão da expressão integrada, a questão da arte coletiva.
E
acho, também, que as bandas têm um significado na história das pessoas. É na
infância que você pode romper a sua timidez; é através desse instrumento que
você pode exercitar, coletivamente, a sua expressão, a sua expressão artística,
fazendo com que, publicamente, as pessoas possam expressar a sua qualificação,
resultado do seu treinamento.
Acho,
também, que as bandas fazem parte da memória, como dizia o grande poeta, músico
e compositor brasileiro Chico Buarque: “Quando a gente vê a banda passar”.
Todos
nós, no passado, vimos a banda passar, e as bandas, passando, enterneceram
nossos corações.
Então,
eu queria, Vereador, fazer uma coisa que, normalmente, não faço, que é subir a
esta tribuna e discutir os Projetos ainda nesta fase, mas achei que o mundo
precisa disso, dessa parceria, dessa ternura, da expressão desse trabalho
coletivo.
Eu
me entusiasmei muito falando do Projeto do Ver. Ismael...
O
Sr. Elói Guimarães: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Eu me solidarizo
com V. Exa pelo discurso fecundo que faz, invocando uma série de
questões que envolvem as bandas nas praças.
Nós
precisamos “ver a banda passar”. Meus cumprimentos à manifestação de Vossa
Excelência.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Obrigada, Ver.
Elói Guimarães. Terminou o meu tempo, e, na próxima vez, eu quero falar do
Projeto de Lei de minha autoria, que dá o nome do Democrata Hilário Pinha a uma
rua.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Sofia
Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores,
caros jovens que vêm aqui manifestar a sua indignação, eu faço um comentário
sobre o Projeto de minha autoria, que está na 2ª Sessão de Pauta, que diz
respeito, exatamente, à garantia de as pessoas terem voz e os seus direitos
observados, respeitados. Os municipários viveram, recentemente, as
conseqüências de um ato arbitrário, autoritário, da Prefeitura de Porto Alegre,
que, simplesmente, vendeu a sua folha de pagamento sem discutir com ninguém,
negociou a instituição financeira onde iriam pagar os salários, prejudicando
muitos funcionários que há anos têm sua conta no Banrisul e prejudicando o
Banrisul, o Banco do Estado do Rio Grande do Sul.
Nós estávamos advertindo, dizendo que a Prefeitura
deveria discutir com os municipários; a única discussão que aconteceu foi com o
Conselho do PREVIMPA, agora substituído, e, mesmo assim - recebi hoje a
informação -, o PREVIMPA discutiu um tipo de convênio, e foi aprovado e
assinado com a Caixa Econômica Federal outro convênio; o único debate que foi
dentro do PREVIMPA, com o Conselho, também não foi respeitado, e o novo
Conselho está discutindo.
Agora, mais do que isso, o que nós questionamos na
tribuna, e que o Projeto vai prever, é que os municipários sejam consultados
quando o Município quiser alterar as instituições financeiras que pagam seus
salários, e mais, que eles possam, depois, escolher: mesmo a Prefeitura modificando,
que eles possam escolher, porque nós sabemos que a política de crédito, por
exemplo, é prerrogativa da instituição; então, se ele tinha um cartão de
crédito de um determinado banco, com um determinado limite de crédito, o outro
banco poderá não garanti-lo. Se há um financiamento habitacional, como é o caso
de muitos municipários que estão extremamente incomodados, Ver. Dib, com essa
mudança, ele tem que garantir isso. E quem diz que o próximo banco, o banco
escolhido pela Prefeitura, para ter lucro com a folha dos municipários, vai
garantir? Hoje está nos
jornais que a Prefeitura de Porto Alegre se precipitou, querendo ganhar
recursos em cima dos municipários, desrespeitando-os, porque a FAMURGS fez um
belo acordo com o Banrisul, mantendo a folha de pagamento das Prefeituras no
Banrisul e, em troca, o Banrisul vai financiar a moradia popular. Se, de fato,
a Prefeitura de Porto Alegre tivesse escutado a decisão do Simpa, em
assembléia, a decisão do Conselho do Simpa, da ATEMPA, o apelo que fizemos no
Ministério Público, estaria hoje no pool de Prefeituras,
fortalecendo o Banrisul aqui no Estado do Rio Grande do Sul e também tendo um
apoio para a sua política habitacional. Mas não, a Prefeitura de Porto Alegre
preferiu fazer negócio com os direitos dos funcionários, prejudicando, mais uma
vez, os funcionários municipais como nós vimos há pouco em relação ao PREVIMPA,
que tiveram de perder três dias de trabalho: vir pedir Audiência Pública, vir à
Audiência Pública e acompanhar a urgência. Foram três dias de trabalho para o
Governo Municipal escutá-los, Ver. Dib, e, ainda assim, a Prefeitura se nega a
dialogar sobre a sua aposentadoria. A folha de pagamento dos funcionários
poderia estar beneficiando a construção de moradias populares e fortalecendo o Banrisul.
A Prefeitura de Porto Alegre está fora dessa; fez um convênio com outro banco.
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exa me permite um aparte?
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Dou
um aparte, Ver. Dib, a V. Exa, que é municipário, e sei que os
defende.
O
Sr. João Antonio Dib: Verª
Sofia, eu quero receber sempre pelo Banrisul, e a Caixa Econômica vai ter de
fornecer um cheque especial - a transferência não paga CPMF -, ou seja, no
momento em que depositarem lá, eu transfiro para o Banrisul. Os municipários
podem fazer a mesma coisa.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sim,
Ver. Dib, só que o senhor tem a facilidade, porque o Banco é aqui dentro da
Câmara: todos os meses, no dia 30, o senhor terá de ir ao Banco e fazer esse
cheque. O Banco Central não permite para funcionários públicos - nós estivemos
no Ministério Público vendo isso -, só para aquela conta-salário, que, quando
depositado, é transferida automaticamente para o seu Banco.
O
Sr. João Antonio Dib: Não,
o Banrisul está informando.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Não,
algumas agências informaram errado. Ver. Dib, verifique, porque eu já
verifiquei essa hipótese. Melhor dizendo, a Prefeitura teria vendido algo que
não poderia entregar. Então, nós estamos diante, de novo, de uma omissão, de
uma arbitrariedade e de uma falta de escuta como, infelizmente, aconteceu no
ProJovem, que, há dois anos, nós estamos aqui alertando e pedindo explicação de como
estava sendo desenvolvido esse Projeto, esse programa, sabendo e dizendo que
havia poucos alunos, que ele não estava potencializado e que não estava
transparente. O Prefeito se nega a ouvir, e as conseqüências se fazem sentir
fortemente.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sra
Presidenta, Verª Maria Celeste; falo hoje em nome da Bancada do meu Partido,
com muito orgulho, a Bancada do PT; quero saudar os jovens que nos visitam
hoje, que, legitimamente, vêm denunciar uma situação que existe no Município;
quero cumprimentar todas as pessoas que nos assistem e quem quiser nos ouvir.
É preciso dizer que o caso
Secretaria Municipal da Juventude - ProJovem -, Secretário Mauro Zacher, não se
trata de uma rixa pessoal entre ele e o nosso companheiro Ver. Adeli Sell, uma
pessoa que vem sendo ameaçada, que recebe, neste momento, toda a solidariedade
da Bancada do seu Partido, o Partido dos Trabalhadores. Nós, Vereadores e
Vereadoras, estamos exercendo a nossa legítima função de fiscalizar o
Executivo. Todos nós somos eleitos e recebemos para exercer múltiplas funções,
mas a principal de todas é a fiscalização. Isso é um direito, é um direito da
sociedade, é um direito dos Vereadores, porque essa fiscalização é que garante
a democracia, é que garante a simetria entre os Poderes. Nós, também, Ver.
Comassetto, temos muito cuidado, muito carinho com as crianças e adolescentes
da nossa Cidade, sobretudo com os jovens de 18 a 24 anos mais pobres, aqueles
que mais precisam, quando a Prefeitura de Porto Alegre, por um gesto
republicano do Governo Lula, executa programas bancados pelo Governo Federal,
que não vê a cor partidária das Prefeituras.
Ontem
assistimos - não diria com prazer; fiquei muito triste, mas constatei como
verdade - ao programa da RBS, onde o repórter Jonas Campos, em frente à
Prefeitura, apresentou graves suspeitas em relação ao ProJovem, semelhantes à
fraude ocorrida no Detran. Apareceram dois instrutores disfarçados, com a voz
alterada, não porque sejam covardes, mas porque têm medo; eles têm bom senso e
têm medo, porque são ameaçados. Denunciam que a freqüência não era cuidada,
que, de 30 alunos inscritos, apenas três freqüentavam. Não se sabe, Ver.
Sebenelo, se todos recebiam a Bolsa ou não.
Então,
nós queremos dizer que todas as vezes que o Secretário, Vereador, não se sabe o
que ele é hoje, porque não está aqui, se manifestou, ele apresentou números
diferentes; nunca os números são idênticos, e nós temos muitas dúvidas. Quantos
alunos se inscreveram? Quantos alunos se formaram? Quanto custou cada aluno?
Por que, quando ele veio na CECE, falou fora do microfone e não respondeu com
objetividade nenhuma questão? Nós estamos denunciando: há, na cidade de Porto
Alegre, sérios indícios de malversação de fundos em relação ao ProJovem,
comandado pelo Secretário Mauro Zacher. Essa é uma denúncia muito séria da
Bancada do Partido dos Trabalhadores. Também denunciamos o Conselho Tutelar,
nebuloso. As pessoas que foram eleitas e que eram ligadas ao Secretário Mauro
Zacher não têm passado que diga que eles possam cuidar, que eles possam
proteger crianças e adolescentes na nossa Cidade.
Mas
o que mais nos surpreendeu foi o desrespeito em relação a esta Casa. Na
segunda-feira, o Secretário pediu licença, de uma hora para outra, e apareceu
aqui; na segunda-feira, porque hoje era o dia do Comparecimento dele aqui;
havia sido marcado para o dia 14, e, por isso os jovens estão aqui, para ouvir
o que ele tinha a dizer. Quem tem um cargo público tem o dever de ser
transparente, de dar satisfação à nossa sociedade. Ele veio aqui e confundiu,
falou no assessor Dilamar Machado, que tinha sido assessor do Ver. Adeli e que
conviveu no DCE, mas tinha uma chapa contra a do Mauro Zacher. Não tem nada a
ver com a turma do Mauro Zacher. Agora, nós estamos apresentando sérias
suspeitas, fatos graves que exigem investigação. Nós, neste momento, estamos
separando o Secretário Mauro Zacher da Bancada do PDT, que é uma Bancada
honrada, da Verª Neuza Canabarro, do Ver. Nereu D’Avila e dos outros
Vereadores. (Palmas.) Nós estamos dizendo que a autoridade maior do Município,
a autoridade maior desta Cidade, que é o Prefeito Fogaça, não pode mais se
omitir. E nós estamos exigindo a abertura de uma sindicância imediata para
apurar todos esses fatos que já estão na boca do povo de toda a Porto Alegre.
E, aqui na Câmara, nós vamos propor uma Comissão Especial para analisarmos e
verificarmos esse caso, e, depois, quem sabe, vai haver uma CPI, quando
tivermos o fato precisamente determinado.
Com
muita honra, eu falei em nome da minha Bancada, dos Vereadores Guilherme
Barbosa; do nosso querido Líder, Adeli Sell; Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, querida Verª Sofia Cavedon, além dos Vereadores Aldacir Oliboni e
Marcelo Danéris, que não estão presentes neste momento, e da nossa querida
Presidenta que muito nos honra por seu espírito democrático e por sua firmeza
na condução dos trabalhos desta Casa. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
(Manifestações
nas galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Solicito
silêncio.
Estão
suspensos os trabalhos da presente Sessão. Solicito à Segurança da Casa que
conduza os jovens que estão no plenário.
(Suspendem-se
os trabalhos às 16h10min.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste - 16h11min): Estão reabertos os trabalhos.
O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sra Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, eu venho a esta tribuna falar a
respeito do pequeno comércio. O micro, o pequeno e o médio empresário estão
passando por uma dificuldade tremenda. Segunda-feira, nós recebemos os
proprietários de restaurantes e bares da Cidade Baixa, que estão passando por uma verdadeira dificuldade, pois agora, como o
horário mudou, eles estão começando a recolher as mesas dos recuos às 23 horas,
e fica quase impossível o garçom ou proprietário do bar pedir para um cliente
se retirar, porque o cliente que está sendo atendido ali não quer entender, ele
não quer saber se a SMIC ou o Ministério Público vão chegar; ele quer saber de
ser atendido e sair na hora que bem entender. Mas há este Decreto que determina
que, até as 24 horas, sejam recolhidas as mesas das calçadas.
Este Vereador tem um Projeto que altera o horário, na sexta-feira e no
sábado, em duas horas a mais, porque não podemos admitir que a juventude fique
trancada nos seus apartamentos e casas; os jovens têm que sair e se divertir,
desde que não façam desordem. Eu acho que duas horas a mais, somente,
Vereadores Elói e Ver. Dr. Goulart, é um horário que fica bom para a Cidade,
porque é um meio-termo, beneficiando os proprietários dos restaurantes, os
funcionários e os moradores também, porque há bairros na Cidade que ficam
abertos até 3 horas, 4 horas ou 5 horas da manhã; uns nem retiram as mesas das
calçadas. Não podemos dificultar mais o pequeno empresário, porque ele paga
imposto, dá emprego, e mais ainda, o desemprego cada vez cai mais. Não podemos
ver mais pessoas desempregadas, porque hoje temos que incentivar o pequeno
empregador, o pequeno e médio empresários, aquele que tem o açougue, a
farmácia, o minimercado; nós temos que incentivar e amparar esse cidadão,
porque é mais uma família que está sobrevivendo dali.
Na visão de muitos Vereadores, acho que o barulho é
que torna tudo muito difícil. Eu concordo que fica ruim com o barulho, mas
temos que mediar. Penso que alterar o horário na sexta-feira e no sábado está
bom, porque o cidadão que trabalha até as 22 horas, até a meia-noite, trabalha
num shopping, ele tem que sair para se divertir, para buscar lazer. Ele
não vai ficar trancado dentro de um apartamento ou dentro de sua casa. Eu acho
que duas horas a mais ficaria bom para todos os lados.
Quero também falar sobre o Projeto do Ver.
Bernardino, em relação às caçambas. Eu quero lhe dizer que estou querendo que o
senhor coloque logo esse Projeto para votarmos, porque as caçambas estão
realmente obstruindo o trânsito e, além disso, o pedestre na calçada. Eu acho
que o seu Projeto vem na hora certa, e vamos resolver o problema das caçambas
na Cidade.
Eu falo em nome de meu querido Líder - que me
permitiu falar aqui - Humberto Goulart; do Ver. Nilo Santos, do Ver. Almerindo,
do Ver. Elói e da Verª Maria Luiza. Quero dizer que, realmente, estamos aí para
trabalhar, para votar e, mais ainda, para fiscalizar a Cidade. O dever do
Vereador é fiscalizar, porque lei tem aos montes. Então, vamos fiscalizar essas
leis que têm aí.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. DR. GOULART: Excelência,
queria comunicar, porque é do nosso interesse, que acaba de ser rejeitado,
absolutamente, na Assembléia Legislativa, o Projeto da Governadora, sobre o
aumento da alíquota de impostos. (Palmas.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Vereador, pela informação.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Só para
comunicar, Sra Presidente, eu estive, até este momento, lá, acompanhando
a votação; foi uma grande vitória para o povo gaúcho.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada pela
informação.
O Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Ilma
Presidenta Maria Celeste, ilustres Vereadores, não há dúvida de que a
não-aprovação do Projeto é uma vitória do povo gaúcho, assim como o povo gaúcho
foi vitorioso quando a Assembléia rejeitou a mesma proposta de Olívio Dutra. A
diferença é que o seu Partido, Vereadora - e eu pedi até que a senhora me
ouvisse - está hoje com a hegemonia do Grupo Hospitalar Conceição, e eu tinha
pedido a V. Exa, há mais ou menos uma semana, mais precisamente na
quinta-feira, que pudesse intervir junto à Superintendência do Grupo
Hospitalar, no sentido de que fosse abolido o critério de ação trabalhista
junto às pessoas que foram, muitas delas, escolhidas democraticamente pela base
dos funcionários, mas que não podem assumir, com a alegação de que têm uma ação
na Justiça do Trabalho contra o Grupo Hospitalar.
Ora, o Partido Comunista do Brasil foi um Partido
que defendeu sempre o trabalhador; o Partido dos Trabalhadores defende sempre
os trabalhadores na Justiça. A Declaração dos Direitos Humanos diz que é
direito do ser humano ter acesso à Justiça, e é proibida qualquer discriminação
em torno desse processo, e mais, a Constituição Brasileira ainda fala
claramente que é um direito do ser humano ir à Justiça do Trabalho,
especialmente nas liças trabalhistas, em que há o debate e uma discussão,
muitas vezes, inclusive, por injustiças feitas ao trabalhador e por descuido -
vamos falar de uma forma mais sutil - de uma administração. O não-pagamento dos
direitos dos trabalhadores e das combinações na Justiça do Trabalho, dos
dissídios, Ver. Dr. Raul, faz com que essas pessoas tendam a buscar os seus
direitos na Justiça do Trabalho. Essa é a função da democracia maior, do aceso
democrático à Justiça do Trabalho. Impedir que alguém exerça uma Função
Gratificada ou Cargo em Comissão porque tem uma ação contra a instituição não é
um critério que obedeça, ao mínimo, as declarações dos Direitos Humanos, a
Constituição Brasileira - que assim está sendo rasgada -, porque o Estado de
Direito prevê esse direito e, principalmente, se houver a vigência desse tipo
de critério, nós vamos dar, no Grupo Hospitalar Conceição, especialmente a sua
direção, um tiro no pé. Isto é, houve uma permanente idéia, por todos os tempos
defendida - quando eram oposição - pelo Partido dos Trabalhadores e Partido
Comunista do Brasil. Agora é aquilo: façam o que eu digo, mas não o que eu
faço; o que era uma verdade passou a não ser. Então, estão discriminadas as
pessoas que foram escolhidas para os cargos e não podem assumir por terem ações
na Justiça do Trabalho. Isto não nos parece uma atitude democrática.
E nós pedimos, inclusive, à Verª Maristela Maffei
uma intercessão junto à nossa Superintendente, Dra Jussara Cony, que
tem um belo trabalho feito lá no Grupo Hospitalar, que tem feito muitas coisas
boas, sim. Nós pedimos a ela, porque esse critério não condiz e não faz parte
de uma democracia saudável. Acho que não pode ser critério o fato de ter uma
ação trabalhista e ser escolhido pelos seus pares para chefiar um serviço e,
depois, então, dizer que não pode ser escolhido, porque tem uma ação trabalhista.
Tem que retirar a ação trabalhista. Essa coação é inconstitucional, é rasgar o
Estado de Direito; é, inclusive, ir contra os direitos humanos. Por isso, peço
à Verª Maristela Maffei, se possível, que traga a Superintendente Jussara Cony
aqui para nos esclarecer sobre esse tipo de assunto. Muito obrigado pela sua
interferência e por todo o seu interesse. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. José
Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Sra Presidenta da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, M.D. Verª
Maria Celeste; nobres colegas Vereadoras e Vereadores; público que nos assiste,
eu não podia deixar, nesses dias em que estamos debatendo coisas
importantíssimas, em nível nacional,
estadual, e que afeta todos os munícipes do nosso Brasil, de fazer um breve
relato em relação ao pacote de aumento de ICMS não ter passado na nossa
Assembléia Legislativa. Eu teria que, por dever de justiça, trazer aqui, em
nome do Democratas, o fato de ser muito questionado o nosso Vice-Governador do
Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Paulo Feijó, que foi escolhido candidato na
chapa da Governadora Yeda Crusius.
Todos
nós que conhecíamos a biografia desse cidadão, conhecíamos suas posições
intransigentes na defesa de suas convicções, convicções essas plasmadas,
principalmente, contra a alta carga tributária do nosso País, dos nossos
Estados e dos nossos Municípios.
Sabedores
somos todos que pagamos a maior carga tributária do mundo, se levarmos em conta
o retorno dos serviços prestados pelo Poder Público.
Estive,
rapidamente, na Assembléia Legislativa, visitando os gabinetes dos Deputados
José Sperotto e Marquinho Lang, e sabíamos, de antemão, o que iria acontecer.
Nós também visualizamos um movimento forte, pujante, da CUT do lado de fora da
Assembléia Legislativa. Tive oportunidade de conversar com alguns que me
interpelaram e disse a eles que eu esperava que essa mesma força, essa mesma
contundência fosse feita em Brasília a favor da extinção da CPMF, que é um
imposto, para mim, até mais prejudicial ao Estado do Rio Grande do Sul do que
se tivéssemos tido o aumento da carga do ICMS. Os nossos Deputados Federais e
Senadores têm de sensibilizar, porque nós temos que começar a administrar este
País, valorizando cada centavo de imposto que é cobrado da população. Valorizar
de que maneira? Fazendo administrações franciscanas quanto ao dinheiro público,
quanto ao bem público. Se nós fizermos isso, apertarmos todas as torneiras que
jorram com a corrupção neste País, com certeza poderemos voltar aos anos idos
deste País, quando a carga tributária não era de 40 %, mas em torno de 20%. E
se tivermos, junto com isso, gestões públicas com sabedoria, que busquem
a otimização das realizações, dos custos, das despesas, com certeza, com a
metade dessa carga tributária, teríamos um desenvolvimento muito maior do nosso
País. E, com certeza, não teríamos o que vimos hoje nesta Casa, manifestações,
sim, mas exorbitadas quanto ao direito, quanto ao respeito da Casa Legislativa,
que nunca poderá ser interrompida, arranhada por manifestações despropositadas,
querendo anular o livre arbítrio dos Vereadores, representantes do povo de
Porto Alegre.
Fiscalizamos, sim, temos que fiscalizar, e a postura
que nós sempre tivemos aqui foi a de não compactuar com um centavo que seja do
povo e que não seja aplicado para o povo. São estas as considerações que faço
hoje, dizendo que apenas uma batalha foi vencida. Temos que vencer em Brasília,
para trazer novamente o republicanismo às contas e às envergaduras políticas e
administrativas do nosso País. Muito obrigado, Srª Presidenta e nobres Pares.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sra
Presidenta, Vereadora e companheira Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, eu queria, também, dar boas-vindas ao nosso
sempre Vereador Beto Moesch - é sempre bem-vindo o nosso Secretário. Quero
lembrar da felicidade que nós sentimos, naquele momento ímpar, lá na Assembléia
Legislativa, há poucos minutos, e também lembrar que não foi uma conquista
apenas do nosso Bloco. Vários outros Partidos estiveram juntos nessa vitória
momentânea, mas importante, para reflexão daquilo que poderia ter sido muito
grave e, talvez, sem retorno para o nosso Estado. Mas, com a presença de todas
as forças vivas lá - a CUT -, a Central Sindical, os estudantes da UJS, que
estavam lá em peso - nós, realmente, tivemos um momento ímpar. Viva o Rio
Grande do Sul e viva a bravura deste povo que resiste sempre que é atacado!
Quero lembrar, também, Vereadores e Vereadoras,
que, no dia 29 de outubro de 1985, eu ainda era uma menina, mas estava lá na ocupação da Fazenda Annoni, cortando a
cerca, os grilhões dos latifúndios, junto com o Frei Sérgio Görgen, com o
querido Frei Mário Schuck, que já partiu, com todos os franciscanos ligados à
Teologia da Libertação, bem como com os pequenos agricultores, o Movimento dos
Sem-Terra, Via Campesina; nós estávamos lá, Ver. Guilherme Barbosa, o pessoal
da Lomba do Pinheiro, organizados nessa conquista que é um símbolo na luta pela
Reforma Agrária no Brasil e na América Latina.
Quero
lembrar que, na Annoni, estão hoje 420 famílias assentadas, que produzem
anualmente 20 mil sacas de trigo, seis milhões de litros de leite, 150 mil
sacas de soja, 35 mil sacas de milho, 45 mil toneladas de frutas, 800 cabeças
de gado, cinco mil cabeças de suínos e 10 mil quilos de hortaliças. Todas essas
produções geram renda, movimentam a economia e o comércio da região; é uma
riqueza gerada e partilhada por todos e redistribuída na região. Rose! Rose,
sem-terra que morreu atropelada pelo caminhão do latifúndio na Encruzilhada
Natalino! Rose, essa luta é em homenagem a ti, minha cara companheira,
guerreira que tombou, cujo sangue jorrou! E hoje, a Praça perto de onde moro
leva seu nome Roseli Nunes!
Por
último, Sra Presidenta, gostaria de dizer - e é importante
esclarecer às senhoras e aos senhores - que o GHC é uma sociedade anônima, em
que 97% das ações são do Ministério da Saúde, e o restante, de seus associados.
É importante também que se diga que o regime dos funcionários do GHC é regido
pela CLT, e não pelo Estatuto do funcionalismo federal. E a decisão em relação
a não serem nomeados os funcionários aqui mencionados pelo Vereador, médico e
funcionário daquela Instituição, Claudio Sebenelo, foi uma decisão do Conselho
da Administração, e que foi acatada, sim, pela Direção do GHC, porque, senhoras
e senhores, só para vocês terem uma idéia, no ano em que o Vereador foi Diretor
e em anos anteriores, nesse período, foram contratados 1.800 funcionários sem
concurso público, sem a questão seletiva. Foram contratados. Só para se ter uma
idéia, existiam organizações no GHC, Verª Margarete Moraes, pessoas, médicos,
que se organizaram e geraram uma ação trabalhista, um passivo de 150 milhões de
reais, Verª Maria Celeste - o mesmo valor que foi agora investido para a
reforma da UTI e para as melhorias que aconteceram lá; são grupos coorporativos
de mau-caratismo, dentro daquela Instituição, que se organizam para benefício
próprio, Ver. Todeschini. E a gestão do nosso querido Ver. Motta,
Diretor-Presidente daquela Instituição, bem como da Jussara Cony, estão
cortando os males pela raiz.
E
quero falar mais ainda sobre uma declaração importantíssima que foi entregue à
Polícia Federal no início do mês, um pacote de denúncias que vai implicar muita
gente grande, colocado nas mãos da Polícia Federal para que seja esclarecido,
investigado. Através deste mesmo microfone, quando tivermos o resultado, vou
trazer mais essas denúncias, infelizmente, para que a sociedade gaúcha e do
Brasil saibam como as coisas aconteciam dentro do GHC. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Quero
registrar a presença do Secretário Beto Moesch, nosso colega Vereador, entre
nós. Seja muito bem-vindo a este Plenário.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO (Requerimento): Eu queria
pedir licença à Verª Maristela Maffei, para que possam me fornecer uma cópia do
seu pronunciamento.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Não
precisaria, mas aceito, de plano, Sra Presidenta. Se fiz qualquer
coisa que o senhor possa se sentir ofendido pessoalmente, Ver. Claudio
Sebenelo, estou retirando neste momento. Mas, na questão do mérito, mantenho, e
está liberado, porque é regimental.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Vereadora.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: A
grande maioria das pessoas que trabalham no Grupo Conceição é digna, honesta e
veste a camiseta do Grupo Hospitalar. Se o Grupo está lá, é pelo trabalho dos
trabalhadores, e, lamentavelmente, V. Exa atentou contra a dignidade
dos trabalhadores. E eu quero que a senhora publique isso agora.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Por
gentileza, Vereador, use o tempo de Liderança para essa sua manifestação.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Verª Maria Celeste, Vereadoras, Vereadores, pessoas que nos assistem, venho em
tempo de Liderança, em primeiro lugar, para falar para a Cidade sobre o nosso
trabalho com relação à questão do planejamento familiar e sobre o avanço que
isso vem tendo dentro do nosso Município.
Na
semana passada, estive com o Prefeito Fogaça, e tivemos a oportunidade de
conversar longamente sobre a matéria, inclusive sobre um Projeto que tenho
nesta Casa, que cria o Centro de Planejamento Familiar de Porto Alegre. Hoje, o
nosso planejamento familiar é feito nas unidades básicas de saúde, com
referências múltiplas, não há uma centralização; muitas vezes, ele fica
prejudicado, e as pessoas acabam levando anos para conseguir ter acesso a
determinados procedimentos na área do planejamento familiar. E o Prefeito se
mostrou extremamente consciente da matéria, com vontade de que Porto Alegre
também tenha o seu centro de planejamento familiar. Com que objetivo? Com o
objetivo que vai desde a orientação, da educação, do acolhimento daquelas
pessoas que vêm das comunidades, que vêm dos postos de saúde, que precisam de um
enfoque mais forte nessa área, seja de um tratamento anticoncepcional, um
tratamento de infertilidade, laqueadura de trompas, colocação de dispositivo
intra-uterino e vasectomia. Enfim, nós precisamos realmente de um centro de
referência, e o Prefeito se mostrou muito consciente, com muita vontade de que
isso, de fato, exista em Porto Alegre. Realmente, não existem recursos, neste
momento, previstos para essa ação. Então, nós estamos tentando buscar, através
de projetos, no âmbito do Ministério, do Governo Federal, da iniciativa
privada, parcerias público-privadas, para que possamos transformar essa idéia
que acreditamos ser de extrema relevância para a cidade de Porto Alegre num
fato que possa beneficiar, em breve tempo, a nossa sociedade.
Quanto
à questão do meio ambiente, ontem visitamos algumas obras importantes para a
Cidade como as do Conduto Forçado Álvaro Chaves. Estivemos na maior parte da
obra, hoje, ali na Rua Coronel Bordini, conversando com moradores, vendo a
execução. Sabemos que vai ser uma obra realmente de extrema relevância para a
Cidade, e lá confirmamos que a parte maior da obra vai ser terminada em final
de dezembro, e pequenos ajustes, provavelmente, deverão ser feitos até o mês de
fevereiro.
Também
nos posicionamos no sentido de que o incômodo que os moradores, próximos à
obra, estavam passando seja reparado logo após a conclusão da obra, porque
aqueles moradores já foram bastante prejudicados; como não poderia deixar de
ser, para quem tem uma obra dessa magnitude perto da sua moradia ou encostada.
Com a maior brevidade de tempo, aquelas pequenas rachaduras, aqueles pequenos
desconfortos que existem ali devem ser reparados a custo do Município. Isso já
está previsto; quero deixar os moradores bem à vontade, no sentido de que,
inclusive, há, na nossa Comissão de Saúde e Meio Ambiente, um local para que
estejamos fiscalizando, vistoriando de maneira que não passe nada sem ser
reconstituído e colocado no seu devido lugar.
Também
estivemos vistoriando a obra da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, onde tivemos a
grata satisfação de ver que está em andamento uma série de etapas da obra:
vimos que já estão sendo colocadas as placas de cimento onde será o corredor de
ônibus, os canteiros estão sendo dimensionados, enfim. Existe uma perspectiva
para que as coisas comecem a avançar de uma maneira mais forte em um breve
espaço de tempo.
O
nosso objetivo é termos uma Cidade com melhor qualidade de vida; isso passa
pelo meio ambiente, passa pela Saúde. Estamos juntos trabalhando pela Cidade.
Saúde para todos!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
Em
votação o Requerimento que estabelece a seguinte ordem para os trabalhos:
discussão geral e votação, em bloco, dos PR n° 006/07, PR n° 054/07 e PR n°
057/07; discussão geral e votação do PLL n° 147/07, PLL n° 173/07, PLL n°
202/07, PLE n° 011/07, PLL n° 189/04, PLCL n° 008/07 e PLL n° 030/05; discussão
geral do PR n° 063/06; discussão geral e votação do PLCL n° 011/07. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 0006/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 006/07,
de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que concede o prêmio Quilombo dos
Palmares à Sociedade Recreativa Beneficente e Cultural Academia de Samba União
da Tinga, na modalidade atuação na área artístico-cultural, à Yalorixá Vera
Beatriz Soares, na modalidade atuação na área afro-religiosa, e ao Centro
Ecumênico de Cultura Negra – Cecune –, na modalidade atuação política e social.
Parecer Conjunto:
- da CCJ e CECE.
Relatora-Geral Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-11-07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3471/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 054/07,
de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que concede o Prêmio Gildo de Freitas à
Cantora e Gaiteira Neuza Aparecida de Freitas.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-11-07.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 3678/07 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 057/07,
de autoria da Bancada do Partido dos Trabalhadores, que concede o Prêmio Mérito
Sindical ao Senhor Celso Woyciechowski, Presidente da Central Única dos
Trabalhadores do Estado do Rio Grande do Sul – CUT/RS.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Neuza Canabarro: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 14-11-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o bloco composto pelos seguintes Projetos: PR n° 006/07, PR nº 054/07
e PR nº 057/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o
bloco de Projetos.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4661/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 147/07, de autoria da
Verª Maria Luiza, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à
Senhora Marlene Salete Sauer Wiechoreki.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver.
Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-11-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 147/07. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação nominal o
PLL n° 147/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5321/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/07, de autoria da
Verª Maristela Maffei, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto
Alegre ao Frei Albano Roberto Bohn.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-11-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLL n° 173/07. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação
nominal o PLL n° 173/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
27 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 6804/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 202/07, de autoria da
Verª Margarete Moraes, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito de
Porto Alegre ao Senhor Justo Werlang.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois
terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos do art. 174,
II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia por força do
art. 81 da LOM, em 14-11-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLL nº 202/07. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação
nominal o PLL nº 202/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
27 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
Nº 3955/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 011/07, que altera a
redação do art. 8º da Lei nº 6.099, de 03 de fevereiro de 1988, e dá outras
providências. (FUNCULTURA)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Almerindo Filho: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora Verª Clênia Maranhão: pela
aprovação do Projeto.
Observação:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 27 da LOM;
- incluído na Ordem do Dia em 12-11-07.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em
discussão o PLE nº 011/07. (Pausa.)
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 011/07.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sra
Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, estivemos estudando -
eu e a Verª Margarete Moraes, ex-Secretária da Cultura -, essa adequação que a
Prefeitura faz.
Parece-me
bastante singela, talvez, apenas uma adequação formal para um apoio legal para
ações que a Cultura já faz, ações que a Secretaria Municipal de Cultura já
realiza através do Funcultura.
Pelo
texto, a possibilidade de apoiar eventos que a Secretária faz em parceria fica
consagrado no texto legal. Então, não temos divergências sobre este tema, mas
queremos fazer algumas perguntas.
Tenho
passado na frente do Capitólio, e todos vocês, com certeza, viram que obra
bonita de restauração, financiada por recursos federais, da Petrobras, só que,
Ver. Guilherme Barbosa, o prédio está fechado, encerrado desde que ficou pronta
a obra; também não sabemos quando ficou pronta. É um belo próprio municipal, um
patrimônio da cidade de Porto Alegre que, no Projeto,estava destinada a ser o
acervo da Pinacoteca, pelas informações que tenho. Estive lá no início da obra
como todos nós; é um lugar belíssimo da história de Porto Alegre, e pergunto
por que está fechado. Pergunto como está o Funproarte, Verª Margarete, porque cansamos
de receber denúncias de atrasos; e eu queria respostas. Estou aqui
provocando uma fala de Governo, porque não temos, infelizmente, o órgão que
poderia estar fiscalizando, problematizando, que é o Conselho Municipal de
Cultura. Na minha avaliação, é um desastre essa gestão da Cultura, que nenhum
órgão representativo da sociedade civil ela consegue fazer funcionar, para
poder se reportar, o que eu acho que é um suporte fundamental para quem se
considera um gestor democrático.
A Sra Margarete Moraes: V. Exa
permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia, agradeço esse
aparte. Quero dizer que, antes de o Prefeito João Verle sair, ele deixou
acertado, assinado o patrocínio da Petrobras para a restauração e reciclagem do
Cinema Capitólio. Essa é uma obra que veio do nosso Governo e que agora,
infelizmente, está fechada. Também não consigo compreender o porquê; e quero
também lamentar o fechamento e a suspensão do Conselho Municipal da Cultura.
A SRA. SOFIA CAVEDON: E o Museu?
A Sra Margarete Moraes: O Museu
Joaquim Felizardo, são três anos de gestão, três anos fechado. Imagino que vá
abrir no próximo ano. Por quatro anos de gestão, vamos ter um ano de Museu
funcionando, e aquela comunidade, ali do bairro Cidade Baixa, absolutamente sem
o seu centro cultural, que era o Museu. Obrigada, Verª Sofia.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Verª
Margarete. Lindo espaço o Museu Joaquim Felizardo, lindíssimo! A gente passa na
frente, apresenta para os turistas, mas está fechado há três anos! E a nossa
querida, queridíssima Usina do Gasômetro, ocupada, privativamente, todo o
segundo semestre, por uma empresa privada desta Cidade. Será que é para isso
essa ampliação, nesses termos, do Projeto de Lei, Verª Margarete? Para a
Prefeitura poder alugar espaços públicos, alugar espaços de expressão da
cultura popular, históricos, como é a Usina do Gasômetro, que está com a sua
chaminé envolvida em propaganda de uma empresa privada? Olha, isso eu acho um
descalabro; essa é a cara da política de cultura desta Cidade: uma política
para a privatização, uma política voltada à terceirização! O nosso querido
Auditório Araújo Vianna está fechado há três anos, e a única perspectiva de
reabertura é privatizar. Usina fechada, Museu fechado, Araújo fechado! O que
mais nos espera com essa adequação da Lei, que facilita... porque eu acho que é
correto que, em Cultura, tem que se trabalhar com parceiros, fomentar ação da
sociedade civil, mas o que nós estamos vendo, do Governo Fogaça, é um verdadeiro desastre! E o
Funproarte, que era, de fato, o melhor fundo, que é um fundo de financiamento
das pequenas iniciativas -, como do primeiro CD, do livro, da peça de teatro,
da exposição, está de perna muito curta, arrasado, arrasado em recursos pelo
tempo, pelos atrasos, o que desestimula e inviabiliza os projetos dos nossos
artistas. Então, é lamentável o que está acontecendo no Governo, que não
manteve o que estava bom, não! Na Cultura, está aprovado, não é Verª Margarete?
Fecharam o que estava bom!
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Não
há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação.
A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
011/07.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Senhora
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, fiz questão de subir à
tribuna para fazer o encaminhamento de um Projeto de Lei que trata de uma coisa
extremamente simples; é o Projeto de Lei que faz um ajuste num Projeto que se
refere ao Funcultura, que altera apenas um artigo do Projeto que regulamenta o
Funcultura do nosso Município, retirando apenas uma expressão, que é “em
caráter suplementar.” Com isso, fica permitido o apoio, por inteiro, aos
projetos da Secretaria Municipal da Cultura, conferindo uma redação mais clara,
mais dinâmica e atualizada no texto da Lei. É disso que trata o Projeto, é só
disso que trata o Projeto do Executivo!
A
Vereadora que subiu aqui anteriormente falou coisas que, além de inverídicas,
não têm nada a ver com o Projeto. Eu só posso achar que isso é ciúme do enorme
sucesso, da enorme competência e de tudo aquilo que tem sido acrescido pela
política cultural do Município de Porto Alegre! Quem vive o dia-a-dia da Cidade
sabe disso, quem vive o dia-a-dia das manifestações culturais sabe disso.
Quem esteve no Acampamento Farroupilha viu o sucesso; nunca foi tão expressivo
e numeroso o Acampamento Farroupilha como este ano. Quem tem ido aos carnavais,
hoje, sabe que as demandas das entidades carnavalescas foram atendidas, são os
galpões, é o espaço que foi construído, finalmente, por este Governo, que tirou
do papel o acesso ao nosso carnaval pela nossa população.
Agora, acho que, este mês, Porto Alegre viveu,
especialmente, um momento pujante na sua área cultural: a Feira do Livro, com a
presença dos autores, dos best sellers internacionais, com os atos de
assinatura dos livros dos mais diversos pensamentos; a nossa Bienal do
Mercosul, que ainda prossegue com o sucesso da sua 6ª Edição.
Eu quero dizer às
Vereadoras e aos Vereadores que ainda não tiveram a possibilidade de ir à
Exposição No Ar - 50 Anos de Vida, que está acontecendo na nossa Usina do
Gasômetro, que é, sim, um próprio municipal que ampliou seu público através de
um trabalho de parceria da Prefeitura de Porto Alegre, da Secretaria de
Cultura, com uma das maiores empresas de comunicação deste País, que é a RBS. É
uma pena que a Verª Sofia tenha expressado tanto preconceito com a RBS, que não
foi capaz de dizer o nome da empresa parceira de uma das melhores e mais lindas
exposições que a nossa Cidade vive neste momento, que é a Exposição No Ar - 50
Anos de Vida. Está terminando, Verª Sofia; acho bom a senhora ir lá, se
despindo dos preconceitos, do partidarismo; vá ver aquela exposição
maravilhosa, construída entre a Prefeitura de Porto Alegre e uma empresa que
traz isso para a Cidade; é uma pena que a senhora não tenha ido lá e visto as
filas que acontecem nas portas da Usina do Gasômetro, trazendo as populações,
inclusive das áreas de periferia.
É uma pena que a senhora não tenha ido ontem ao ato
de lançamento - enfim - do Teatro Elis Regina. Há 14 anos, escuto falar no
Teatro Elis Regina; sabe o que é o Teatro Elis Regina? Não existe, é um espaço
com uma placa na porta; não tem uma cadeira, não tem estrutura de som, não tem
palco, nada. Não existe! Se alguém tiver dúvida, se dirija, é pertinho, dá para
ir a pé, àquela sala vazia que, demagogicamente, era chamada de Teatro Elis
Regina. Pois, agora, sim, sairá do papel o Teatro Elis Regina, para que o povo
de Porto Alegre possa ter mais um espaço de manifestação das artes cênicas da
nossa Cidade.
E, por último, realmente, só podem estar muito
preocupados com o sucesso da política cultural, porque nós retornaremos à
população, devolveremos o Araújo Vianna,
que estava, inclusive, abandonado, fechado e com risco de desabamento; e o
nosso Museu de Porto Alegre, que era, realmente, uma coisa abandonada na Cidade
Baixa, o Museu Felizardo, que era, na verdade, um espaço de cabos eleitorais e
que, hoje, é restaurado, recuperado. Vale a pena olhar todo o acervo
fotográfico incorporado àquele Museu. Eu acho que as coisas boas da Cidade,
independente de sermos da base do Governo, da oposição, nós temos que festejar,
porque isso é bom para o povo, independe dos Partidos, das siglas. É importante
colocar os interesses do povo acima dos interesses partidários.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/07.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Exma
Sra Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu queria pedir permissão para fazer uma comparação. Porto Alegre
teve uma das melhores fases da cultura, quando a Verª Margarete Moraes foi
Secretária - era, indiscutivelmente, um bom momento da cultura -, uma pessoa
culta e integrada a essa ânsia de progresso da cultura na cidade de Porto
Alegre.
Eu quero dizer, Vereadora, que eu conheço
pessoalmente o Secretário Sergius Gonzaga. O Professor Gonzaga é um crítico
literário dos melhores do Brasil. Ele é, indiscutivelmente, uma das grandes
figuras. E vejo o mar de iniciativas da Secretaria e uma coisa que tira um pouco esse
preconceito da Verª Sofia Cavedon, quando fala em privatização. Agora, o seu
Partido e o seu Presidente fazem Parcerias Público-Privadas. Parceria
Público-Privada não é privatização, mesmo que haja até certa superposição de
poder, que é normal. Agora, isso não quer dizer que vai passar para o nome da
RBS o Teatro Elis Regina. Isso beira uma infâmia por um só motivo: vai haver
dinheiro da RBS, sim, investindo, mas vai haver contrapartida também do
Município, e não há ações para dividir: “50% são meus”. Não, é tudo da
Prefeitura de Porto Alegre. Não é uma venda de ações, não há ordinárias e
preferenciais. Não. Isso é uma Parceria Público-Privada, e aí tem que se
aceitar, tem que se permear a idéia de que, muitas vezes, o empresariado pode,
e muito bem, contribuir para a sua cidade e principalmente para o resgate de
uma das coisas mais lindas que já tivemos, porque o vento tinha um microfone,
esse microfone chamava-se Elis Regina. Era a voz do vento deste Pampa gaúcho
monumental, que ela desempenhou de uma forma maravilhosa, uma semideusa que
passou pela gente e que, desgraçadamente, o seu tempo foi muito curto. Nós não
pudemos curtir uma mulher fantástica que representou o Rio Grande do Sul, a
mulher gaúcha, sim, pela sua indômita vontade de vencer. Ela venceu todos os
obstáculos e é considerada a maior cantora brasileira de todos os tempos,
quando nós temos, por exemplo, uma Elizeth Cardoso. Elis Regina foi fundamental
nessa saída de Porto Alegre e, vencendo lá no Centro do País, passou a ser a
maior cantora do Brasil de todos os tempos. A gente diz isso com um orgulho
imenso.
E
vejo que esse resgate, em sendo feito pelo Professor Sergius Gonzaga, passa a
ser privatização. O Professor Sergius Gonzaga reformou todo o Museu Joaquim
José Felizardo, o teto não tem mais cupim, o assoalho é novo, a pintura é nova, e aí dizem
que ele está fechado, mas tem uma exposição fotográfica agora, ele está aberto,
e, além de tudo, quem conheceu o Professor Joaquim José Felizardo como eu,
quero dizer que talvez seja uma das casas que têm que ser mais valorizadas pelo
seu espírito quase mercurial, de tanto subir para um lado e outro e buscar
soluções, e foi uma das figuras monumentais em Porto Alegre. Não se preocupem,
porque isso de dizer que está abandonado não é verdade; ao contrário, foi
totalmente reformado agora, está reformado, está pronto, está com teto novo,
está com assoalho completamente reformado, não tem mais cupim, não vai mais
desabar. Então, não sei por que esse prazer em desfazer das coisas feitas por
um lado, quando só um lado tem razão; o outro não. Nós ressaltamos o trabalho
magnífico da Secretária Margarete Moraes - e não é pela presença dela; é pela
produção que ela teve, pelo trabalho que ela fez e pelo respeito que ela tem
hoje da sociedade de Porto Alegre. Então, essa disputa não pode ser nesse
sentido de “privatiza ou não privatiza”, “o teu é feio, o meu é bonito”,
porque, senão, a gente vai pensar como Esopo na fábula: “As uvas estão verdes,
nem os cães as podem tragar”.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Margarete Moraes está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 011/07.
A SRA. MARGARETE MORAES: Sra Presidenta, Verª Maria Celeste; como muito bem falou a
nossa companheira Sofia Cavedon, nós examinamos este Projeto e acreditamos que
ficou melhor na lei, porque amplia funções para a Secretaria Municipal da
Cultura. A criação do Funcultura surgiu com a criação da própria Secretaria, e
foi uma idéia do então Secretário Joaquim Felizardo, que coloca 3% do Fundo de
Participação dos Municípios para o Funcultura e para o Funpahc; depois criamos
o Funproarte, é mais 3%. É exatamente a mesma quantidade, porque, através desse
Fundo, se agilizam os processos de produção da Secretaria da Cultura. Mas
acreditamos, Sofia, que esses trabalhadores que trabalham em todos os Fundos da
Prefeitura devem ter a mesma GIA, o mesmo direito que os funcionários da
Fazenda têm, são excelentes trabalhadores todos os que arrecadam como no DMAE e
em outros órgãos da Prefeitura.
Eu acho que a Verª Clênia Maranhão deveria ter
ouvido o Prefeito Fogaça falar, por ocasião da distribuição de troféus do
Jornal do Comércio, quando eu tive a honra de representar esta Casa, quando ele
fez um registro histórico do meu trabalho na Secretaria Municipal da Cultura. O
Prefeito Fogaça disse que nós deixamos marca, que foi uma grande gestão, bem na
linha do Ver. Claudio Sebenelo, a quem eu quero agradecer.
Inclusive, a Verª Clênia Maranhão é tão arrogante,
que hoje ela disse que eu não deveria me dirigir a ela, porque eu não era sua
assessora. Essa é a postura da Verª Clênia Maranhão aqui dentro, uma pessoa que
só sabe falar gritando e fica inventando coisas dos Vereadores, que conhece o
passado na luta contra a ditadura. Eu não devo satisfações a ela de nada. Ela é
que grita e ofende pessoalmente as pessoas aqui. Nós não trabalhamos assim.
Agora, quero dizer que verdade é essa, Sofia: nada
foi criado, nada foi feito. Não tem nada de novo na Secretaria Municipal da
Cultura. Infelizmente, caiu muito, equipamentos foram fechados. Esta é uma
gestão que tem preguiça de trabalhar, que fecha, que fechou o Auditório Araújo
Vianna, que fecha, ao público, a Travessa Paraíso, a casa mais antiga de Porto
Alegre, que talvez date do início do outro século ainda, é a casa mais antiga,
que pertencia à SMAM e à SMC, e faziam oficinas educacionais para a SMED, e
pára em termos de cultura e em termos de educação ambiental.
Nós restauramos a Usina do Gasômetro, e ela deveria
se informar. A Verª Clênia deveria conhecer a Galeria Iberê Camargo, que ele
inaugurou e disse que era de Primeiro Mundo, deveria conhecer o Sala de Cinema
P. F. Gastal, a única sala pública de cinema da Prefeitura; deveria conhecer o
espaço Vasco Prado, tudo que lá foi feito. A Verª Clênia também deveria saber
que a Bienal não é da Prefeitura. A Bienal é promovida e realizada pela
Fundação Bienal; a Feira do Livro é realizada pela Câmara Rio-Grandense do
Livro. A Prefeitura dá infra-estrutura, ajuda a organizar o espaço na Cidade. É
essa a função da Prefeitura. Não vamos querer para nós os louros que são de
entidades privadas.
E quanto ao Museu de Porto Alegre, ela disse que
agora tem um acervo de fotografias, foi comprado, Ver. João Antonio Dib, do
fotógrafo Léo Guerreiro e do Sr. Paulo Xavier, do Instituto Histórico e
Geográfico; são fotos que realizaram da Cidade, quando eles eram jovens, e esse
acervo está dentro do Museu Joaquim Felizardo desde aquele tempo.
O que eu quero registrar é que eu tenho recebido
muitos e-mails de pessoas que são vizinhas do Museu Joaquim Felizardo,
ali na Rua João Alfredo, e essas pessoas reclamam do fechamento do Museu,
porque, além de tudo, era um espaço da comunidade. Tem um pátio magnífico na
parte de trás do Museu, que hoje está fechado também para a comunidade. Como eu
disse, em quatro anos de gestão, três anos está fechado. Talvez abra e se
coloque à disposição da comunidade só no último ano. Aí não vale uma gestão de
quatro anos, para ficar três anos com o espaço totalmente fechado. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada por esta Presidenta, o PLE nº 011/07. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4238/04 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/04, de autoria dos
Vereadores Raul Carrion e Margarete Moraes, que dispõe sobre a reserva de vagas
para pessoas portadoras de deficiência (PPDs) na contratação do serviço
terceirizado pelo Executivo Municipal, bem como para estágios oferecidos pelos
órgãos públicos do Município. Com Emendas nos 01 e 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto com a Emenda Nº 01;
- da CEFOR. Relator
Ver. Luiz Braz: pela rejeição do Projeto e da Emenda Nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Carlos Comassetto:
pela aprovação do Projeto e da Emenda Nº 01;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Maria Celeste: pela aprovação do Projeto e da Emenda Nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 10-05-06.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em discussão o PLL nº 189/04. (Pausa.) Não há quem queira
discutir. Em votação nominal, por solicitação do Ver. Mario Fraga, o PLL nº
189/04. (Pausa.) (Após a apuração nominal.)
Registramos apenas 09 votos SIM do total de
09 Vereadores presentes no Plenário. Portanto, não há quórum para a votação
deste Projeto e nem para a continuação dos trabalhos.
Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h25min.)
* * * * *